terça-feira, 19 de julho de 2011

CARMELO SÃO JOSÉ DE SANTOS RETIRA MESA DE COMUNHÃO DOS FIÉIS



Sob a direção da Madre Irmã Teresa Margarida o Carmelo de Santos, o único de vida contemplativa na Diocese e o único lugar em que ainda se observava a santa prática de receber Nosso Senhor de joelhos e nos lábios, retirou após longos anos de tradição sem consentimento dos fiéis a mesa de comunhão. Há algum tempo, mesmo com a presença da mesa os padres e o próprio Sr. Bispo que celebrava em festas e missas solenes na hora da Comunhão ficava de pé em cima do local onde os fiéis costumavam ajoelhar. Sendo alguns até recusando a comunhão nos lábios. Porém, as religiosas ainda continuam recebendo o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor de Joelhos em sua mesa de comunhão.
Assim, no que tange à Santa Comunhão, impera uma grande necessidade na Igreja. Deste modo esclareceu o Bispo Auxiliar, descendente de alemães, de Karaganda, no Cazaquisão, Dom Athanasius Schneider.
            O recebimento da comunhão é o encontro com Deus, “perante o qual os anjos se prostram” – esclareceu o Bispo Auxiliar. Deve ficar claro durante o recebimento da comunhão que esse é um momento sagrado. Para os fiéis o mais natural seria ficar de joelhos diante da majestade divina: “Esse é o mínimo que devemos ao Senhor.” O ser humano consiste de alma e corpo e também precisa mostrar reverência perante o Senhor. Quanto à distribuição da Comunhão hoje em dia, o Bispo Auxiliar disse que é de chorar “quando a observamos.”

Os bispos devem se alegrar sobre a Comunhão na boca

            Durante a Comunhão na mão e de pé não haveria mais quase nenhum sinal externo de adoração: “Isso é simplesmente um movimento em série, que transcorre de maneira bastante rápida, em que se recebe o Senhor na forma de pão rapidamente e se coloca na boca por si mesmo.” Mons. Schneider adverte o clero também: “Precisamos todos nos alegrar – também os bispos e sacerdotes – quando os fiéis se ajoelham diante do Senhor.”

Contra o Concílio Pastoral

            Na entrevista o Bispo Auxiliar enfatiza ainda que o apelo da Comunhão na mão no Concílio Pastoral Vaticano Segundo é um “puro mito”. O Concílio não teria dito nada a respeito disso. A Comunhão na mão não teria passado pela cabeça dos padres conciliares.

Implementada de maneira ilegal

            A Comunhão na mão na forma atual teria sido inicialmente introduzida de maneira ilegítima na Holanda – eclesialmente morta nesse meio tempo. O Papa Paulo VI († 1978) teria “legitimado” a Comunhão na mão pela primeira vez  posteriormente. O Bispo Auxiliar Schneider está convencido de que esse Papa não desejaria a Comunhão na mão. No ano de 1968, o Papa indagou o episcopado mundial sobre o tema. Dois terços dos bispos negaram a Comunhão na mão. Eles exigiram que a forma tradicional de recebimento da Comunhão fosse mantida. Mons. Schneider esclareceu também que: Os bispos daquela época reconheciam ainda o perigo de que partículas da hóstia caíssem no chão e que a reverência dos fiéis se perdesse.

A Comunhão na mão é fortemente proibida no Cazaquistão

            O Bispo Auxiliar Schneider reporta que no Cazaquistão nunca existiu a Comunhão na mão: “Para os fiéis, ajoelhar-se é uma necessidade espontânea. Não se precisa ensinar-lhes de modo algum. A fé interior exige um gesto exterior dos joelhos.” Também turistas, diplomatas e executivos precisam receber a Comunhão na boca no Cazaquistão: “Há dois anos a nossa Conferência Episcopal tomou a decisão unânime de que somente a Comunhão na boca e de joelhos seria permitida em todas as dioceses do Cazaquistão – também para os estrangeiros. A Santa Sé concordou com essa norma.”

Um magistério prático

            Mons. Schneider ficou “bastante admirado” quando o Santo Padre começou a distribuir a Comunhão somente na boca e de joelhos: “Eu considerei isso como um Magistério prático que o Santo Padre nos dá.” Especialmente os bispos deveriam ser muito gratos ao Santo Padre por seu exemplo e imitá-lo. O Bispo Auxiliar sugere que os bispos diocesanos recomendem e esclareçam sobre a Comunhão na boca e de joelhos, se recordando de alguns bispos que já fizeram isso. Ele menciona o Prefeito para a Congregação da Liturgia, o Cardeal Antonio Cañizares. Na Quinta-feira Santa o Cardeal exigiu que os fiéis na Catedral de sua arquidiocese anterior, Toledo, recebessem a Comunhão na boca de joelhos. “Na Comunhão todos os fiéis receberam a Santa Comunhão de joelhos e na boca  – embora ele só tivesse aconselhado.”

Ajudar os fiéis em seu direito

            O Bispo Auxiliar Schneider criticou ainda a retirada das mesas da comunhão das igrejas nos anos 70 do último século: “Isso foi como uma avalanche.” Esse fato será encarado como “iconoclasmo” na História da Igreja. O Bispo Auxiliar considera a reintrodução das mesas da comunhão também por razões práticas bastante úteis. Os fiéis teriam o direito de se ajoelharem para a Comunhão. Contudo, sem as mesas da comunhão, esses fiéis – sobretudo, os idosos – seriam afetados de maneira adversa. Isso seria uma injustiça.
            Além disso, Mons. Schneider considera a mesa da comunhão como um símbolo. Ela se revela como um armário que fica atrás de algo sagrado – “próximo ao Sacrário, onde o próprio Jesus está verdadeiramente presente”. As mesas da comunhão teriam existido já nos primeiros séculos: “Quando quisermos nos voltar aos padres da Igreja, às origens, então, deveríamos pelo menos reintroduzir as mesas da comunhão.”

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